domingo, 8 de maio de 2016

Mães de todos os tipos: a maternidade em Star Trek

Hoje é o Dia das Mães, e esse post é uma homenagem a todas elas, sejam trekkers ou não. 

Em Star Trek nós já vimos muitas mamães, cada uma delas com o seu próprio estilo. Estas personagens apresentam, individualmente, características dominantes relacionadas à maternidade, representando-a assim em apenas algumas de suas diversas facetas. 

De fato, a ficção é uma representação da realidade, e como esta é sempre mais complexa, arrisco afirmar que ser mãe é, de alguma forma, a soma dos arquétipos maternos que vemos em Star Trek (e muitos outros, evidentemente). 

Confira abaixo algumas das principais mães que já apareceram em Jornada nas Estrelas. 

Amanda Grayson: a mãe educadora

É a mãe de um dos personagens mais queridos de todos os tempos: Spock. Humana, professora, Amanda casou-se com o vulcano Sarek, dando a luz ao nosso querido meio humano/meio vulcano de orelhas pontudas. Na série original foi interpretada pela atriz Jane Wyatt. Já em Star Trek IV ganhou vida na interpretação da atriz Cynthia Blaise. Neste filme vemos Amanda ajudando amorosa e pacientemente na reeducação de seu filho Spock após sua "morte" e "renascimento", tentando ao mesmo tempo fazê-lo redescobrir seu lado humano.

Lwaxana Troi: a mãe extravagante

Mãe da nossa querida conselheira Deanna Troi, digamos que Lwaxana seja um pouco... excêntrica! Dona de um temperamento extravagante, e tendo sido casada diversas vezes, sempre que visita a Enterprise causa alguns constrangimentos, não só a sua filha, como à tripulação em geral. Teve algum interesse amoroso pelo capitão Picard, deixando este um pouco desconfortável com sua presença na nave. Certa vez casou-se com Odo, buscando concretizar o divórcio do marido que tinha no momento. Enfim, quem nunca passou alguma vergonhinha com sua mãe? Lwaxana faz o tipo de mãe espalhafatosa e muito comunicativa. Nós te entendemos, Deanna!

Deanna Troi: a mãe enlutada

Sim, ela também já foi mamãe e, tristemente, perdeu seu filho. No episódio "The child" (TNG, 2x01), a Conselheira descobre ter sido engravidada por uma entidade alienígena. No entanto, a gravidez é muito acelerada e rapidamente ela dá a luz a um menino, o qual chama de Ian. O parto é rápido e sem dor, ao contrário do que costuma acontecer com as betazoides. Como na gravidez, o desenvolvimento de Ian também é mais rápido que o normal e o garoto cresce muito em pouquíssimo tempo. Por fim, Ian vem a falecer, revelando a sua forma original. Era um alienígena que tinha interesse em entender melhor os humanoides. Como se pode imaginar, a experiência foi traumática para Deanna, em sua breve maternidade.

Drª. Beverly Crusher: a mãe independente

É a mãe de Wesley Crusher, menino-prodígio que acompanha sua mamãe a bordo da Enterprise. É uma mulher forte e independente, que precisou criar sozinha seu filho. O pai de Wesley, Jack Crusher, foi um oficial da Frota Estelar, que morreu cumprindo seu dever logo após o nascimento do filho. Assim, Beverly sempre precisou se desdobrar em duas, sendo pai e mãe de Wesley. Quantas mães em todo mundo não precisam agir da mesma forma, não é mesmo? Preocupada com sua educação, sempre estimula o filho a prosseguir com seus estudos, sendo enérgica quando necessário e auxiliando-o todo o tempo em sua carreira dentro da Frota. 

Keiko O'Brien: a mãe (quase) tradicional

Keiko é casada com o nosso glorioso Chief O'Brien, tendo um casal de filhos com ele: Molly e Kirayoshi. Keiko é uma mãe quase nos moldes tradicionais: ela se dedica muito a cuidar da casa e dos filhos. Brinca, educa, dá bronca. Mas ela também é uma cientista (ex-professora infantil) e trabalha muito, sendo uma mãe moderna. Devido a isto, ela exige bastante ajuda do marido, que divide as tarefas do lar e da criação dos filhos. Keiko é representativa de todas as mães que, mesmo cuidando com muito carinho dos seus filhos, não abrem mão de suas carreiras.

Kira Nerys: a mãe altruísta

A bajoriana Kira Nerys, ex-membro da resistência contra a ocupação cardassiana,  é a primeira-oficial da estação Deep Space Nine. Kira acabou por se tornar mãe de uma maneira bastante inusitada. Durante uma missão, Keiko O'Brien, que estava grávida, foi gravemente ferida, colocando em risco a continuidade de sua gravidez. Como solução o bebê (Kirayoshi O'Brien) foi transferido de Keiko para o útero de Kira, que o carregou em seu ventre até seu nascimento. Kira é a mãe altruísta por excelência de Star Trek, já que emprestou seu próprio corpo para trazer ao mundo o filho de outra mulher. 

Ishka: a mãe brava

Ishka é a "moogie" de Quark e Rom. "Moogie" é o termo ferengi para as ancestrais do sexo feminino imediatamente anteriores, como mães e avós. Ishka é aquela mãe que, se por um lado pode ser carinhosa, por outro pode ser bastante brava. Ela impõe sua vontade, não só sobre seus filhos, mas até mesmo na sociedade ferengi, que é absolutamente patriarcal. 

Helena Rozhenkho: a mãe adotiva

Helena é uma humana, de ascendência russa, casada com Sergei Rozhenko. Os dois possuem um filho biológico, chamado Nicolai. Mas é o seu outro filho que a faz constar nesta lista. Helena e seu marido adotaram e criaram Worf. Apesar das diferenças culturais e biológicas, Worf foi criado com amor e carinho por sua mãe e pai adotivos, que nunca mediram esforços para integrá-lo à sociedade humana, ao mesmo tempo em que mantinha seu legado cultural klingon. 



Horta: a mãe guerreira

Finalmente ela, que não poderia faltar nesta lista! Horta é uma criatura baseada em silício, natural do planeta Janus VI. Neste planeta havia uma colônia de mineração, na qual dezenas de homens estavam sendo mortos por esta criatura. A Enterprise chega para investigar e quando Spock realiza um elo mental com Horta descobre que ela estava apenas protegendo os seus ovos, que eram destruídos durante a atividade mineradora da colônia. Horta é a mãe guerreira, capaz de matar para proteger seus filhos.

Obviamente, existem diversas outras mães em Star Trek: Drª. Carol Marcus, Silva La Forge, Jennifer Sisko, Seska, B'Ellana Torres, a forma de vida do episódio de TNG "Galaxy's child", etc. Para não ficar muito extenso optei pelas que considero mais interessantes.

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