quarta-feira, 24 de abril de 2019

CBS e Nickelodeon anunciam série teen animada de Star Trek



Há dois meses apareceram os primeiros rumores de uma série animada de Star Trek voltada para o público jovem. Hoje houve a confirmação por parte da CBS e da Nickelodeon que produzirão o show ainda sem nome.

De acordo com os produtores a premissa da série de animação é "um grupo de adolescentes fora da lei que encontram uma nave abandonada da Federação e a usam em busca de aventuras, sentido e salvação".

Ainda não há informação sobre data de estreia ou número de episódios. Fique ligado!

Fonte: trekcore.com

terça-feira, 23 de abril de 2019

Agora é oficial: é dada a largada para a série de Picard



Agora é oficial.

Foram iniciadas as filmagens para a série do capitão Picard, que ainda não possui nome divulgado.

A notícia foi divulgada no instagram por Michael Chabon, produtor executivo do novo show.

A série, ao contrário de Discovery que é filmada em Toronto (Canadá), será rodada na Califórnia.

O episódio piloto de duas horas será dirigido por Hanelle Culpepper, que dirigiu o episódio “Vaulting Ambition” da primeira temporada de Discovery.

Dois episódios da primeira temporada, que terá um total de dez, serão dirigidos por Jonathan Frakes.

A série ainda não tem data de estreia marcada e mostrará Jean-Luc Picard 20 anos após a destruição de Romulus, como visto no filme Star Trek de 2009.

Inscreva-se no canal Apenas um Trekker: https://www.youtube.com/channel/UChSARv5aypI8GNg-045rvgw

segunda-feira, 22 de abril de 2019

STAR TREK E ENSINO DE HISTÓRIA: aprendendo sobre nazismo e holocausto com a série



Segue artigo de minha autoria, recentemente publicado na Revista Acadêmica Licencia&acturas.

No trabalho, exponho metologia e base teórica para uso pedagógico do episódio "Padrões de Força", da série original de Star Trek.

O episódio é utilizado na problematização do conteúdo "Nazismo e Holocausto" em aulas para o 9º ano do Ensino Fundamental.

O artigo apresenta também resultados da atividade proposta, através da reprodução de trechos dos trabalhos produzidos pelos estudantes.

É um texto acadêmico, que talvez não interesse ao público em geral, mas acredito que pode ter alguma utilidade para professores de História fãs de Star Trek.

Link para leitura e/ou download do artigo: http://ieduc.org.br/ojs/index.php/licenciaeacturas/article/view/197/160

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domingo, 21 de abril de 2019

Doce Tristeza (Parte 2): o grande final da segunda temporada de Star Trek: Discovery



Eu acho que uma coisa que se pode falar sobre os roteiristas de Discovery é que eles sabem amarrar as pontas e principalmente que eles conseguem dar xeque-mate em cima de xeque-mate sobre os haters. E nesse season finale eles deram o pai de todos os xeque-mates.

E por que isso?

Porque foi um touche duplo.

Em primeiro lugar porque tudo da temporada foi resolvido na parte 2 de Doce Tristeza, e diga-se de passagem que tivemos uma história complexa desenvolvida nessa segunda temporada, envolvendo viagem no tempo e uma infinidade de detalhes como os ba’ul, o Controle, o Anjo Vermelho, Spock, os setes sinais.

Mas foi possível explicar totalmente cada um dos sinais - ponto de partida da temporada - e porque eles foram feitos e de onde eles partiram no tempo e no espaço exatamente.

Em meio a batalha da Discovery e da Enterprise contra o Controle foi o ponto onde o Spock teve o insight e a Burnham percebeu que era a partir daquele momento que ela voltava ao passado para colocar os sinais em pontos estratégicos que fizessem a Discovery obter cada elemento fundamental para concluir a sua missão:

A Reno no asteróide, a salvação de Terralísio que é o porto seguro no futuro, a libertação dos kelpiens do jugo dos ba’ul pra que eles pudessem ajudar na batalha, a localização do cristal do tempo em Boreth e finalmente Xahea pra trazer a Po a bordo pra que ela pudesse carregá-lo.

E em segundo lugar, e isso sim é que eu chamo de um belo xeque-mate, os caras simplesmente resolveram todos os problemas de continuidade da série como um TODO em relação ao cânone que eram martelados pelo pessoal que não gosta da série.

Para o século 23 a  Discovery desapareceu. Ponto final. Para quem assiste a série a Discovery foi para o futuro, onde poderá desbravar uma infinidade de novas aventuras.

Eu pensava, ainda na primeira temporada, que isso poderia de fato acontecer, mas imaginei que seria possível lá na última temporada. Estava enganado. Talvez aquele que seria o grande “problema” de Discovery para alguns foi resolvido ainda na segunda temporada, que é explicar o motivo do motor de esporos nunca ter sido utilizado e o fato da gloriosa Discovery não ser mencionada uma única vez na história da Federação e da Frota.

O plano deu certo. A Discovery entrou no buraco de minhoca e foi parar no futuro, algo que já sabíamos que aconteceria desde o Short Trek Calypso. O círculo se fechou.

Eu lembro que quando saiu a notícia de que Discovery seria uma série ambientada antes de TOS eu fiquei meio decepcionado, pois a minha vontade é que Star Trek sempre mostre o futuro em relação aquilo que já conhecemos. Por exemplo, eu adoraria uma série, como será a do Picard, que se passe depois da guerra Dominion e a destruição de Romulus.

Então agora teremos, além da série do Picard também a Discovery além de DS9, mas muito, mas muito mais tempo no futuro. E claro que veremos a Federação e a Frota daqui mil anos, o que dá muito pano pra manga, pois serão sempre referidos eventos do passado, que depois poderão ser explorados em novas produções de Star Trek.

É claro que o pessoal do QG da Frota, que aparece pela primeira vez na série, com a imagem clássica da ponte de São Francisco, que inclusive dessa vez parece ter na sua pista painéis solares, interroga a tripulação da Enterprise sobre o que de fato aconteceu com a Discovery.

Então Spock faz sua uma sugestão radical: suprimir qualquer registro do traje temporal e da Discovery para reduzir ao mínimo qualquer risco de que os dados da esfera sejam utilizados ou a própria tecnologia de viagem no tempo. Todos os oficiais que tiveram contato com esses elementos não devem mencionar sob pena de traição. [Regulation 157, Section 3 (Paragraph 18): Starfleet officers were required to take all necessary precautions to minimize any participation in historical events. (DS9: "Trials and Tribble-ations")]


Eu acho essa solução fantástica. Porque coloca a Discovery no futuro, e nunca mais haverá qualquer tipo de preocupação em escrever histórias que não colidam contra o que já está estabelecido no cânone. Ou seja, agora sim Discovery, que já nos proporcionou incríveis histórias até agora, entra numa fase de liberdade total, onde não há limites para a criatividade dos roteiristas.


Outros tópicos


  • As cenas dos saltos da Burnham são simplesmente incríveis. Aliás, Discovery tem produzido as cenas mais fantásticas de toda a história de Star Trek. 
  • A morte heroica da almirante Cornwell me deixou triste, gosto da personagem, mas acho que fez sentido, não foi uma morte estúpida, foi condizente com o senso de responsabilidade da personagem sobre seus comandados. 
  • Tyler escolhido para liderar a Seção 31 devido a sua dualidade, que remete à natureza dual da agência. Muito bem pensado. 
  • O prazer da Imperatriz ao liquidar com o Leland foi de uma crueldade maravilhosa. 
  • Aliás, mais uma ótima cena de luta com a Michelle Yeoh, talvez a mais legal da temporada, pois usaram aquele recurso de girar o cenário, pra simular o problema com o sistema de gravidade.
  • Referências ao JJverse. A batalha me pareceu muito com o ataque do enxame a Enterprise no filme Sem Fronteiras, até mesmo os milhares de drones do controle. 
  • A Enterprise com metade do disco destruído, sempre sofro com isso, com a Enterprise “ferida”.
  • Achei bizarro os robozinhos DOT-7 de manutenção do casco, desnecessário. Parecem o Wall-E.
  • Citação do Sun Tzu do Saru e número 47 e referência ao Neil DeGrasse Tyson.
  • O nome da Number One é Una!
  • Culber voltou a tempo! Stamets entre a vida e a morte, mas vai sobreviver, claro. 
  • Klingons falando que hoje é bom dia pra morrer não tem preço e é sempre um momento incrível. 
  • Por fim, o Spock retomando o visual tradicional, cabelo aparado, barba feita e uniforme azul.
  • A última cena faz referência a primeira cena do piloto The Cage, só que em vez da câmera entra na ponte, ela sai, perfeito, fechou com chave de ouro.
  • Só acho lamentável não aparecer sequer uma imagenzinha da Discovery no futuro! Teremos que esperar até o ano que vem!
Foi uma grande jornada. Vida longa e próspera à Star Trek: Discovery.

Doce Tristeza (Parte 2): o que o futuro nos reserva? [YouTube]