terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Novo trailer de Star Trek: Discovery é lançado pela CBS

Com informações de trekcore.com

Novo logo de Star Trek: Discovery

Em um novo e empolgante trailer, lançado hoje pela CBS, finalmente conseguimos dar uma boa olhada no que vem por aí, após o início das filmagens de Star Trek: Discovery na semana passada.

Vislumbres de novos trajes alienígenas, uniformes da Frota Estelar, cenários e criações digitais aparecem no vídeo de pouco mais de 1 minuto.

Confira aqui o novo trailer de Star Trek: Discovery postado no facebook (no youtube não está disponível para o Brasil).

Ontem já havia sido lançando um novo logo para a série, que você pode conferir na imagem ao lado. De acordo com a análise de alguns sites, o emblema agora lembra mais aqueles que seriam usados pela Frota no período que antecede TOS.

Na imagem abaixo, podemos sentir como a produção anda a pleno vapor.


Star Trek: Discovery ainda não tem data de estreia, porém, no Brasil, será exibida pela Netflix.

Make it so!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Estreia de Star Trek: Discovery é adiada pela segunda vez




No mesmo dia em que soubemos que o vulcano Sarek estará em Star Trek: Discovery, interpretado por James Frain, recebemos a notícia de que a data de estreia da nova série foi novamente adiada, desta vez indefinidamente.

Inicialmente programada para estrear em janeiro de 2017, a série já havia sido adiada para maio. Agora ocorre o segundo adiamento. 

Veja o comunicado da CBS:

"A produção de Star Trek: Discovery começa na próxima semana. Nós amamos o elenco, os roteiros e estamos entusiasmados com o mundo que os produtores criaram. Este é um projeto ambicioso; seremos flexíveis quanto a data de lançamento, se for melhor para o show. Dissemos desde o início que é mais importante fazer bem do que fazer rápido. Também existe uma maior flexibilidade presente no CBS All Access, que não está sujeito a estreias sazonais ou janelas de lançamento."

Particularmente, não acredito que existam problemas com a produção - mesmo com a saída de Bryan Fuller, que pode ter causado algum tipo de dificuldade inicial com o projeto - que estejam na raiz destes adiamentos.  No entanto, embora fique triste com a demora da estreia, tendo a concordar com os motivos expostos pela CBS. 

Muito melhor do que uma série feita as pressas, a toque de caixa, visando um lançamento rápido e os lucros, igualmente rápidos, prefiro que a série tenha seu ritmo, que seja feita com calma e com qualidade. Afinal, não estamos tratando aqui de um show qualquer. É uma nova série de Star Trek sendo criada, e como tal, fará parte de algo muito maior, de uma história que já se desenrola há 50 anos.

Que a lógica de Surak ilumine as cabeças criativas de Star Trek: Discovery.

Com informações de http://www.treknews.net/

James Frain interpretará Sarek (pai de Spock) em Star Trek: Discovery



Novidades no elenco de Star Trek: Discovery. A CBS informou hoje que o ator britânico James Frain interpretará Sarek, o pai de Spock, na nova encarnação de Jornada nas Estrelas.

Frain tem 48 anos e será o terceiro ator a fazer o personagem vulcano (quarto, se levarmos em conta Jonathan Simpson, o jovem Sarek de Final Frontier), sendo conhecido por seu trabalho nas séries Agent Carter, Orphan Black, The Tudors, dentre outras.

Sarek foi imortalizado pelo ator Mark Lenard, que interpretou o personagem em TOS e em TNG. No filme de 2009, ficou a cargo do ator Ben Cross interpretar o pai de Spock.

James Frain junta-se a Sonequa Martin-Green, Doug Jones, Michelle Yeoh, Anthony Rapp, Chris Obi, Shazad Latif e Mary Chieffo, já anunciados anteriormente como parte do elenco.

Star Trek: Discovery se passará uma década antes dos eventos mostrados na série original de Jornada nas Estrelas, e de acordo com seus produtores terá foco sobre eventos mencionados em TOS mas nunca explorados nas outras versões da franquia.

A nova série, que estrearia em janeiro, foi adiada para maio e agora foi adiada novamente, desta vez sem data definida. Confira aqui o comunicado da CBS.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Lançado site de "What We Left Behind", documentário sobre Deep Space Nine



Anunciado ainda em 2016, o documentário "DS9: What We Left Behind", que contará a história de Deep Space Nine -  a "ovelha negra" da franquia Star Trek, segundo Adam Nimoy -, já está ganhando a internet, através do site http://ds9whatweleftbehind.com/ e do perfil no twitter @DS9Doc.

Contando em sua produção com nomes de peso como o showrunner de DS9 Ira Steven Behr, o já referido Adam Nimoy, e com a participação do elenco original, o documentário será produzido pela 455 Filmes, de David Zappone. A produtora já possui em seu currículo quatro ótimos documentários sobre o universo de Star Trek: Get a Life, The CaptainsChaos on the Bridge, e o aclamadíssimo For the love of Spock, dirigido por Adam Nimoy. Com esta filmografia, podemos ter certeza de que um grande filme sobre DS9 vem por aí. 

Equipe do documentário com camisetas de "Kira Guevara"

Criada por Michael Piller e Rick Berman, Deep Space Nine foi a primeira série derivada de Star Trek a não contar com a participação de Gene Roddenberry, indo ao ar entre 3 de janeiro de 1993 e 2 de junho de 1999, totalizando sete temporadas.

Com um aspecto mais sombrio em relação ao que os trekkers estavam acostumados a assistir em Jornada nas Estrelas, a série apresentou narrativas serializadas, já que os tripulantes desta vez encontravam-se em um lugar fixo, convivendo a cada semana com as decisões que tomavam no episódio anterior. O grande arco narrativo da série está na Guerra Dominion, uma terrível ameaça à existência da Federação e às outras potências do Quadrante Alfa.

Ao contrário de TNG, que em seu último episódio não fechou definitivamente as portas, abrindo a possibilidade para a produção de quatro longas no cinema, DS9 teve um final incontestável, não migrando para a telona. Apesar disso, segundo Adam Nimoy, a sala de roteiristas da série será trazida de volta para o documentário, onde os escritores de DS9 poderão discutir uma hipotética 8ª temporada. Será, no mínimo, muito divertido assistir isso.

O documentário ainda não tem data de estreia definida.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Filmagens de Star Trek: Discovery começam no dia 24 de janeiro



As filmagens de Star Trek: Discovery estão programadas para iniciar no próximo dia 24, de acordo com o site da International Alliance of Theatrical Stage Employees (IATSE), com sede em Toronto, Canadá.

A IATSE lista todas as produções atuais dentro de sua jurisdição. Desta vez, aparecem detalhes sobre uma produção chamada "Green Harvest", com datas de filmagem entre 24/01/2017 e 07/09/2017. Na lista de produtores, podemos ver os nomes de Bryan Fuller, Heather Kadin, Gretchen Berg, Aaron Harberts, Aaron Baiers, Loretta Ramos, Kevin Lafferty e o diretor David Semel. 

"Green Harvest", como relatado no ano passado pelo TrekMovie.com, é o codinome de Star Trek: Discovery.

Green Harvest é o codinome de Discovery
Com informações de trekmovie.com

sábado, 7 de janeiro de 2017

Entrevista com John Putman, "professor de Star Trek" na San Diego State University



Professor John Putman exibindo cartão assinado por George Takei

John Putman é um historiador que, assim como a maioria dos trekkers, apaixonou-se por Jornada nas Estrelas ainda na infância. Contudo, ao se tornar adulto, levou sua paixão para o trabalho e hoje ministra o curso "Star Trek, Culture and History", no Departamento de História da San Diego State University. Nascido na Inglaterra, Putman foi criado nos Estados Unidos, onde atualmente vive, na cidade de San Diego, Califórnia. Confira abaixo a entrevista que o blog fez com o "Professor Star Trek".

Professor John Putman, como surgiu seu interesse pessoal por Star Trek e como isso foi levado para o meio acadêmico?

Meu interesse pessoal se desenvolveu quando eu era garoto e assistia a série original depois da escola. Eu me sentava na poltrona da nossa sala de estar e fingia saltar quando a nave do capitão Kirk era sacudida. Star Trek se tornou um interesse acadêmico durante a pós-graduação, quando vi o episódio "The Measure of Man", de The Next Generation, no qual Data enfrenta um interrogatório que poderia levar ao seu desmonte. No episódio, Guinan compara a situação de Data à escravidão e assim eu vi como eu poderia usar este episódio em conjunto a alguns documentos pró-escravidão em um trabalho escrito. Após começar a trabalhar na San Diego State University eu percebi que poderia desenvolver um curso que usasse Star Trek para ajudar a ensinar a história dos EUA desde a Segunda Guerra Mundial.

Do ponto de vista histórico, qual a importância de Star Trek para a segunda metade do século 20 e início do século 21?

Já que Star Trek é um programa de televisão nós não devemos fazer muito dele. No entanto, ele pode nos fornecer uma visão de muitas das questões importantes que os EUA e os seres humanos em geral enfrentaram na segunda metade do século 20 e além. A série ofereceu críticas sociais sobre questões como raça, política, guerra, gênero, sexualidade, etc. e incentivou os telespectadores a pensarem e reconsiderarem suas próprias opiniões. Além disso, o show é claramente parte da cultura norte-americana, como se torna evidente a partir da miríade de paródias e referências as quais quase todos estão familiarizados.

Putman: "Star Trek incentivou os telespectadores a pensarem
e reconsiderarem suas próprias opiniões"

Em minha visão Star Trek reflete a realidade ao mesmo tempo em que ajuda a constituí-la, basta ver a quantidade de crítica social que a série sempre trouxe em suas histórias e como ela simultaneamente influenciou ao longo do tempo a arte e a ciência. Como você vê essas relações?

Sem dúvida, o impacto de Star Trek vai além da audiência e das receitas de bilheteria. Ele inspirou e ainda inspira de alguma forma as pessoas, de engenheiros e cientistas a filósofos. Além disso, mudou a natureza da ficção científica, estabelecendo um parâmetro mais alto e exigindo mais do seu público. 

Com sua experiência como pesquisador, que conselhos você daria a um pesquisador brasileiro que quisesse pesquisar Star Trek, de forma que esta pesquisa fizesse sentido em âmbito regional, por exemplo?

Star Trek, por ser um programa de televisão norte-americano, produzido por escritores norte-americanos para, inicialmente, uma audiência norte-americana, em sua maior parte reflete a cultura e a sociedade norte-americana. No entanto, muitos de seus temas também são universais, como o que é ser humano. Além disso, mesmo aqueles temas ou mensagens dirigidos a um público norte-americano podem ser aplicados de algumas maneiras a outros lugares. Em termos de pesquisa, seria interessante ver como as diferentes audiências veem ou interpretam as mensagens através de seus próprios prismas.


Agradecimentos à J. Tonelotto pelo auxílio na tradução. 

Interview with John Putman, "Star Trek professor" at San Diego State University

Professor Putman holding a signed card from George Takei
John Putman is a historian who, like most trekkers, fell in love with Star Trek as a child. However, as he became an adult, he took his passion to work and today teaches the Star Trek, Culture and History course at the History Department of San Diego State University. Born in England, Putman was raised in the United States, where he currently lives, in the city of San Diego, California. Check below the interview that the blog did with the "Star Trek professor".

Professor John Putman, how did your personal interest for Star Trek surged and how was it brought to the academia?

My personal interest developed as a young boy when I would watch the Original Series after school. I would sit in our living room easy chair and pretend to bounce around when Captain Kirk's ship was tossed about. Star Trek became an academic interest during graduate school when I saw The Next Generation episode, "The Measure of Man," in which Data faces a hearing that could possibly lead to his dismantling. In the episode Guinan compares Data's plight to slavery and so I saw how I could use this episode in concert with some proslavery documents as part of a writing assignment. After landing my job at San Diego State University I realized I could develop a course which uses Star Trek  to help teach United States history since World War 2.

From a historical point of view, how important is Star Trek to the second half of the 20th century and the beginning of the 21st century?

Since Star Trek is a television show we shouldn't make too much of it. However, it can provide us insight into many of the important issues the US and humans in general faced in the second half of the 20th century and beyond. The series offered social commentary on issues like race, politics, war, gender, sexuality, etc. and encouraged viewers to think and reconsider their own views. Beyond that, the show is clearly part of American culture as evident by the myriad of parodies and references that nearly everyone is familiar with.

Putman: "Star Trek encouraged viewers to think and reconsider their own views"

In my view Star Trek reflects reality while helping to build it, just see the amount of social criticism that the series has always brought in their stories and how it simultaneously influenced art and science through time. How do you see these relations?

No doubt Star Trek's impact goes beyond just viewership and box office receipts. It has and still in some ways inspires people from engineers and scientists to philosophers. We see it from cell phones to holographic technology. In addition, it changed the nature of science fiction television by setting the bar higher and demanding more of its audience.

With your experience as a researcher, what advice would you give a Brazilian researcher that wanted to research Star Trek, so that this research made sense at regional level, for example?

While Star Trek is an American television show produced by American writers for initially an American audience so for the most part it reflects American culture and society. However, many of its themes are also universal like what it is to be human. Moreover, even those themes or messages aimed at an American audience can be applied in some ways to other places. In terms of research, it would be interesting to see how different audiences see or interpret the messages through their own prisms.