segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Cinco nomes que poderiam salvar Star Trek

A discussão sobre a "trekcidade" dos filmes de Star Trek é antiga. Agora, com a divulgação do trailer de "Star Trek: Sem Fronteiras" os ânimos se exaltaram novamente. Grande parte dos trekkers considerou haver um excesso de ação e muito pouco da essência de Jornada nas Estrelas no filme a ser lançado em julho deste ano. Os críticos do reboot de J.J. Abrams avaliam que o terceiro filme da nova fase, desta vez dirigido por Justin Lin, poderá levar Star Trek onde nenhum dos filmes esteve antes, porém não de maneira positiva, e sim causando a completa descaracterização da franquia.

O blog fez uma lista de cinco nomes que poderiam provocar uma guinada nos caminhos tortuosos pelos quais Star Trek caminha hoje, direcionando a série às suas boas raízes.

1. Rick Berman

Histórico: Rick Berman tem 70 anos, natural da cidade de Nova York. Começou sua carreira realizando documentários políticos, trabalhando em 1970 como assistente de produção em curta de John Lennon e Yoko Ono. Mas foi a partir de 1986, como produtor executivo de Star Trek: The Next Generation, que sua vida se entrelaçaria definitavemente com a franquia, chegando a ser considerado o sucessor de Gene Roddenberry. Após o grande sucesso da série esteve envolvido na produção dos quatro longas-metragens de TNG. Além disso, foi o produtor executivo de Deep Space Nine, Voyager e Enterprise. Como se não bastasse, além do trabalho na produção, Berman escreveu diversos episódios de todas as séries de Star Trek a partir de TNG.

Por quê: Berman talvez seja a pessoa viva mais envolvida com tudo a que diga respeito a Star Trek. Muito do que conhecemos e admiramos hoje em dia como algo que possua a "essência de Star Trek" é devido ao trabalho criativo de Rick Berman.

Citação: "Criamos 624 horas de televisão e quatro filmes de destaque, acho que fizemos um trabalho dos diabos."

2. Brannon Braga

Histórico: Brannon Braga tem 50 anos e poderia contribuir ainda por muitas décadas com Star Trek. Trabalhou em três séries da franquia: TNG, Voyager e Enterprise, sendo um dos criadores desta última. Braga carrega o título de maior número de roteiros escritos em toda a história da franquia, com as impressionantes marcas de 111 episódios e dois filmes. Em TNG escreveu alguns dos episódios mais populares, como "Parallels", "Cause and Effect" e "Realm of fear".

Por quê: Brannon Braga é uma força criativa sem paralelos em Star Trek. Conhece profundamente todos os detalhes de cada personagem, mesmo os secundários. É um autor que une duas características básicas para agradar os trekkers: domínio absoluto do tema e capacidade criativa que não apela para fatores externos a fim de agradar amplas audiências. Além, é claro, de ter praticamente crescido fazendo Star Trek, já que começou a escrever roteiros para a franquia com 21 anos.

Citação: "O episódio do qual mais me orgulho é 'All good things...', por uma série de razões. No topo da lista: por ser um grande episódio de duas horas que explorou plenamente os personagens e seus sentimentos, onde começaram, onde estavam e para onde iam."

3. Ronald D. Moore

Histórico: Moore completará 52 anos em 2016 e é um roteirista que forma uma excelente dupla com Brannon Braga. Iniciou muito jovem também em TNG, contribuindo pela primeira vez com um roteiro para a terceira temporada. Além disso, escreveu os filmes Generations e First Contact em co-autoria com Brannon Braga. Escreveu o roteiro de um dos episódios mais espetaculares de toda as séries de Star Trek: Trials and Tribble-ations (DS9, 5x06)

Por quê: Não existe ninguém que escreva história sobre viagem no tempo para Star Trek como Ronald D. Moore. Só isto já bastaria para que ele tivesse lugar garantido em toda e qualquer produção da franquia. Mas tem mais: ele também é o cara que melhor saber criar episódios centrados em klingons.

Citação: Sobre a briga com Brannon Braga e a saída de Voyager: "Estou muito magoado com Brannon. O que aconteceu entre mim e ele é apenas entre mim e ele. Foi uma quebra de confiança. Eu teria saído de qualquer programa onde eu não pudesse participar no processo." Depois eles fizeram as pazes.

4. Jonathan Frakes

Histórico: O nosso eterno "Number one". Frakes tem a incrível marca de ter dirigido 8 episódios de TNG, 3 episódios de Deep Space Nine e 3 de Voyager. Além disso, dirigiu o grande sucesso nos cinemas "Star Trek First Contact" e "Star Trek Insurrection". Possui vasta experiência como diretor, tendo dirigido mais de 30 produções fora de Star Trek. Conhece o universo da franquia como ninguém e se mostra disposto a contribuir com a direção dos novos filmes. Quando J. J. Abrams revelou que não dirigiria o terceiro filme do reboot os fãs se mobilizaram em uma campanha em prol do nome de Frakes, porém sem sucesso.

Por quê: Conhece o universo de Star Trek como poucos e sabe como dirigir Star Trek. Não somente por extrair o melhor dos atores dentro da proposta da franquia, mas por não inventar coisas mirabolantes, como as famigeradas lens flare, por exemplo. É um nome respeitado e admirado pelos trekkers.

Citação: "TNG foi a primeira grande oportunidade para todos nós, exceto para LeVar e Wil Wheaton que já eram meio famosos antes. Mas para o resto de nós, que tínhamos sido atores toda a vida, foi muito importante."

5. Ira Steven Behr

É o criador do arco "Dominion War". Ponto.

3 comentários:

  1. Fala pro J.J,consultar estas cabeças,está precisando e muito.

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  2. Não concordo com a escolha de Brannon Braga ou Rick Berman... Concordo com Ronald D. Moore e Ira Behr... Mas não nos esqueçamos de Manny Coto, que salvou Enterprise no último ato.

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  3. Ira Behr também é 'figurinha fácil' em Star Trek. Também conhece o tema como os outros.

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