O que torna você a pessoa única que você é? É o conjunto das suas experiências e memórias ou é a organização de átomos, moléculas e células que formam o seu corpo?
Há 20 anos, em 6 de maio de 1996, ia ao ar um episódio de Voyager que suscita estas questões: "Tuvix" (2x24).
Um mal funcionamento no teletransporte acabou por condensar em um corpo só o tenente Tuvok e Neelix. O ser originado - Tuvix - guardava a memória, a personalidade e as habilidades de ambos.
Por fim, na busca pela restauração de Tuvok e de Neelix, o Doutor acaba encontrando uma solução. No entanto, a partir dela surge um novo problema: no momento em que passou a existir, Tuvix também é um novo ser, com direito à vida. Ou seja, o todo é maior que a soma das partes. Tuvix não é apenas a soma de Tuvok e Neelix, mas uma nova consciência (e corpo) que surge do condensamento dos dois.
A solução encontrada (para salvar Neelix e Tuvok) foi utilizar o transportador como um replicador, de maneira semelhante como essa tecnologia acabou gerando o duplo de Riker, no episódio "Second chances" de TNG (6x24).
Como o corpo de Tuvix não possuía, obviamente, matéria suficiente para restaurar os corpos de Neelix e Tuvok, fez-se o recrutamento de matéria nova pelo transportador, resultando disto que os padrões de ambos foram colocados em matéria que não era parte da pessoa original.
Ora, se isso pôde ser feito, cabe a pergunta: o padrão de Tuvix não poderia também ter sido salvo?
Acredito que sim.
Não só poderia como deveria ter sido, afinal se tratava de uma nova forma de vida, uma nova consciência, já com as experiências acumuladas de sua breve, mas verdadeira vida.
Desta forma, considero que Janeway cometeu um erro, já que era possível manter Tuvix vivo, ao mesmo tempo em que se poderia recriar Neelix e Tuvok de matéria nova.
Lembremos da breve vida de Tuvix, nesse dia em que o episódio completa 20 anos da sua primeira exibição!
A ideia desse post veio do texto “Your Big Chance to Get Away from It All”: Life, Death, and Immortality", de Theodore Schick.
A ideia desse post veio do texto “Your Big Chance to Get Away from It All”: Life, Death, and Immortality", de Theodore Schick.
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